segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Mancha solar gigantesca inédita deixa astrônomos perplexos pelo comportamento considerado “bizarro”




(Jornal Ciência) O fato foi registrado pela Nasa depois de observar uma mancha com 130.000 Km de largura.

Essas manchas são, na verdade, regiões com temperaturas mais baixas na superfície solar que acumulam grande quantidade de energia magnética.

Segundo o cientista Jenny Marder, do site PBS, o Sol possui rotação maior na altura de seu equador, o que faz com que o campo magnético seja arrastado e se contorça. Como resultado, ocorre acúmulo em determinadas regiões, formando as manchas. Da energia acumulada, parte é expulsa e outra parte acaba ganhando mais pressão e energia que o habitual.

Na mancha em questão, seu diâmetro é tão grande que consegue suportar o equivalente a 10 Terras ou um planeta gigante como Júpiter.


O comportamento bizarro foi observado quando, em vez de expelir para o espaço o gás ionizado, a mancha começou a acumulá-lo, mantendo o plasma muito próximo de sua superfície. O normal seria ocorrer uma ejeção de massa coronal, expelindo para o espaço. Ao contrário disso, a energia está sendo liberada vagarosamente, pouco a pouco, através de pequenas explosões.

O astrônomo da Nasa, Alex Young, disse que uma possibilidade para explicar o fenômeno estranho seria a chamada “banda elástica”, onde os campos magnéticos podem estar dando nós, se contorcendo cada vez mais e concentrando a energia. Ainda segundo ele, essa energia, mesmo contorcida, terá de ser liberada em algum momento.

De acordo com os pesquisadores, nunca antes um comportamento como este foi observado, o que produziu grandes erupções solares, porém com quase nenhuma ejeção de massa coronal.


Para quem pensa que as erupções foram pequenas, se engana. Das 10 erupções, 6 foram classificadas como de classe X – nome dado para a quantidade de energia equivalente a 1 bilhão de bombas nucleares.

Nós, aqui na Terra, poderíamos ter sérios problemas se a ejeção de massa coronal ocorresse em seu comportamento habitual, visto que a mancha está direcionada para nosso planeta.

Pela perplexidade do acontecimento, os astrônomos não sabem prever o comportamento dessa mancha nem quando ocorrerá a formação de outra parecida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário