segunda-feira, 28 de abril de 2014

Forte tempestade solar causa blackouts nas emissões de rádio da Terra.


(Info) A Nasa, agência espacial americana, registrou uma nova tempestade solar que aconteceu na quinta-feira (24). O evento produziu pequenos blackouts nas emissões de rádio da Terra. Mas não oferece riscos imediatos para a saúde humana.

Essas tempestades acontecem por causa de erupções solares na superfície da estrela. Esse tipo de fenômeno ocorre por mudanças repentinas no campo magnético do Sol – as manchas solares – e emite uma enorme quantidade de energia no espaço.

A região ativa 12035 do Sol foi a responsável pela atual tempestade solar. O Observatório de Dinâmica Solar da Nasa (SDO, na sigla em inglês) conseguiu capturar o fenômeno com luz ultravioleta.

A Nasa classificou a tempestade como um surto x1.4. A Classe X denota as erupções mais intensas. Já o número fornece informações sobre a sua força. X2, por exemplo, é duas vezes mais intensa que a X1, enquanto a X3 é um três vezes mais intensa que a X1 e assim por diante.

O Sol tem ciclos de atividade de aproximadamente 11 anos, com períodos mais intensos. O auge desse ciclo aconteceu em 2013. Nesse período, conhecido como máximo solar, os campos magnéticos se invertem e novos buracos aparecem perto dos polos. Eles, então, aumentam em número e tamanho.

Os efeitos - As labaredas solares são poderosas rajadas de radiação. Enquanto jogava energia em direção ao espaço, essa erupção solar produziu pequenos blackouts. Agora, as partículas liberadas pelo Sol viajam e podem atingir a Terra.

Mas essa radiação não pode passar através da atmosfera da Terra para afetar fisicamente os seres humanos. No entanto, quando é intensa, pode interferir em sistemas de telecomunicações e aparelhos eletrônicos na Terra. “A maioria das consequências danosas da atividade solar ocorre em satélite, GPS, além de transformadores e linhas de transmissão de alta tensão”, disse a INFO Adriana Válio, presidente da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB).

Riscos para a saúde - Esse tipo de fenômeno não causa riscos imediatos para a saúde de quem está no planeta. “Mas astronautas fora da estação espacial podem, sim, sofrer uma dose de radiação letal de uma explosão solar”, afirmou. Já tripulação e passageiros de voos de avião com rota que passam pelos Polos ou pilotos de aviões de caça que sobem em altitudes muito altas podem receber uma dose de raio X similar a de uma chapa do pulmão.

Mas, em longo prazo, as tempestades solares podem aumentar a propensão ao câncer de pele. Segundo Adriana, a radiação ultravioleta do Sol aumenta periodicamente com o ciclo de atividade solar de 11 anos. “Esta radiação faz com que a quantidade de ozônio aumente de 1% a 2% durante o máximo do ciclo solar, que coincide com o período de máxima ocorrência das tempestades solares”, conta.

Como o ozônio ajuda a impedir a passagem dos raios ultravioletas, a população fica mais exposta a esse tipo de raio. Ele penetra profundamente e desencadeia reações e alterações celulares que, por meio de mutações genéticas, podem predispor ao câncer da pele.
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