sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Pra onde tenha Sol, é pra lá que eu vou!


(Fundação Planetário) Sim, o título do blog de hoje é uma frase da famosa música “o Sol”, interpretada pelo grupo Jota Quest. Ainda que a letra não se refira à escuridão pelo desaparecimento de nossa estrela, está bem adequada ao nosso tema. Nosso Sol não existirá para sempre.

Nossa estrela, assim como todas as outras, produz sua própria luminosidade, sendo por isso denominada em alguns livros de “corpo luminoso”. A Lua, ao contrário, é percebida majestosamente nas noites límpidas (e dias também), por refletir a luz do Sol.

O Sol realiza em seu interior, bem lá nas profundezas, uma série de processos, chamados de reações termonucleares. A principal delas consiste em “juntar” quatro núcleos de hidrogênio, gerando um núcleo de hélio. Desse casamento, uma enorme quantidade de energia é liberada, na forma de luz e, claro, calor.

Mas se a quantidade de energia liberada é imensa, a quantidade de “combustível” gasto é igualmente grande. No interior do Sol, algo como 600 milhões toneladas de hidrogênio, por segundo, são transformadas em hélio! Isso significa que enquanto tivermos hidrogênio no Sol, estamos bem.

Por sorte, nosso Sol é bem grande (cabem 1.400.000 terras em seu interior) e, portanto, temos bastante combustível ainda. Este processo é extremamente eficiente e duradouro. Estima-se que o Sol tenha 4,5 bilhões de anos, e que tenhamos pela frente mais uns 5 bilhões, ao menos. Mas uma hora, teremos sim problemas, o Sol ficará instável, aumentará em volume, e num último suspiro, ejetará boa parte de sua superfície para o espaço, aniquilando os planetas mais próximos (Mercúrio, Vênus e talvez a Terra). Nossa estrela terá uma classificação pomposa ("nebulosa planetária"), mas será então uma vaga lembrança distante do outrora vigor energético que sustentou a vida na Terra por 10 bilhões de anos. A vida, por sinal, deixará de existir, com certeza.

Nós, humanos, temos um desafio. Na verdade, dois. O primeiro, de conseguir manter este planeta habitável nos próximos cinco bilhões de anos, antes de a escuridão chegar. O segundo, encontrar um lugar para onde possamos correr, ou seja, “pra onde tenha Sol”.

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