terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A Nervosa Intimidade de Uma Estrela


(Física na Veia) No último domingo, 12 de dezembro, o SOHO - Solar and Heliospheric Observatory registrou uma tripla explosão solar com ejeção de massa coronal.

Para entender a imagem estática acima, um anteparo (disco em azul escuro) obstrui o disco solar (silhueta branca) deixando em evidência a coroa solar, região mais externa e luminosa do Sol constituída de plasma, gás muito aquecido, a cerca de 2 milhões de graus celsius, e portanto ionizado. Sem esta obstrução, uma espécie de "eclipse artificial", o intenso brilho da nossa estrela ofuscaria a nossa visão da coroa. Com este aparato, chamado coronógrafo, podemos observar detalhes da coroa solar e acompanhar eventos de ejeção de massa, como este de domingo

Medidas feitas em conjunto com o STEREO - Solar TErrestrial RElations Observatory indicam que as explosões foram três eventos distintos e em regiões bem separadas no Sol.

E nenhum destes jatos de matéria deve atingir a Terra. Ainda bem! Eventos como estes, repletos de partículas carregadas, podem produzir interferências nos sistemas de telecomunicações terrestres. E, embora nunca tenha ocorrido, em casos mais extremos acredita-se que eventos solares intensos possam até danificar equipamentos eletrônicos aqui na Terra.

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